Oi
gente, estou aqui para contar um pouco de como foi minha experiência servindo
em missões na cidade de Iquitos, Peru, através da JOCUM (Jovens Com Uma
Missão). Aconteceram tantas coisas boas que é difícil saber por onde começar,
mas não se preocupem porque eu não vou dar todos os detalhes ou mesmo falar
tudo, senão vocês não iriam terminar de ler nunca (hehe).
Para
começar, Deus é fiel e sempre responde as orações. A prova disso foi o fato de
eu ter tido oportunidade de fazer essa viagem missionária. Eu sempre quis muito
viajar e sempre orava a Deus pedindo que Ele me desse oportunidade de fazer
isso. E desde janeiro de 2011 Ele tem respondido essas orações e me dado sempre
muito mais do que eu peço e mereço.
Muitos
de vocês não sabem, mas quando eu preenchi o formulário para enviar para JOCUM,
a minha intenção não era de ir para o Peru ou mesmo para América do Sul. Eu
queria muito fazer uma viagem missionária e servir em missões usando outro
idioma, e espanhol eu não sabia falar, por isso eu nem cogitei a opção de ir a
algum lugar que tivesse espanhol como língua oficial. Então, fui testar meu
inglês e enviei o formulário para ir a Austrália em setembro de 2010, com a
intenção de estar lá em janeiro de 2011 e ficar 3 meses. Estava tudo certo para
eu ir; eles disseram que teriam disponibilidade de me receber lá, que teria
muito trabalho para eu fazer, e eu fiquei muito animada. Mas, essa não era a
hora certa de Deus para mim. Eu iria viajar para missões sim, mas não naquele
momento.
Ao
invés de ir a Austrália em janeiro de 2011, Deus me presenteou com a minha
primeira viagem internacional. Quando voltei, participei de uma seleção para
entrar no mestrado, e acabei sendo selecionada, graças a Ele! Então, me
comuniquei com a base da Austrália dizendo que só poderia ir em janeiro do
próximo ano, em 2012, e não poderia ficar mais de um mês lá, devido ao
mestrado. Continuei orando e pedindo confirmação de Deus sobre essa cruzada
missionária e em setembro de 2012 quando fui comprar as passagens para o país
dos cangurus, tomei um susto porque elas estavam R$ 12.000,00 a ida e volta, e
naquele momento eu tive certeza de que Austrália não era o lugar que Deus
queria que eu fosse. Não só por causa do preço das passagens, ainda tinha a
questão do visto para conseguir, mas eu sabia no fundo; coisa que vem de Deus
mesmo, que eu sabia reconhecer. Por alguns dias eu tive dúvidas e medo de que
talvez, essa viagem não estivesse nos planos de Deus pra mim, que eu entendi tudo
errado. Então continuei pedindo a Deus que me dissesse sim ou não, que me
mostrasse alguma direção.
Pensei que já que eu não iria usar meu inglês, vou tentar usar meu francês e mandei emails para três bases no interior da França, mas todas elas responderam que não teriam atividades naquele período que eu estaria lá. Mas, não desisti. Mandei um email para a JOCUM explicando toda a situação. Eles me responderam com uma lista de outras bases que eu poderia ir, e para minha surpresa, eram todas aqui na América Latina, incluindo até algumas aqui no Brasil, como Recife e Fortaleza. Olhei o site de cada uma delas de uma por uma, e quando vi a base de Iquitos, no Peru, eu soube na hora que era aquela. Foi instantâneo; me identifiquei com o lugar, com as pessoas que vi nas fotos, com os trabalhos desenvolvidos pela base, pelo povo nativo, tudo. O único impasse para mim era o idioma. Não sabia praticamente nada de espanhol. Mas, mesmo assim respondi o email dizendo que iria para lá, pois eu cria que se Deus tinha feito tudo isso na minha vida para desmontar os meus planos e me mostrar que meus planos não são os dEle, era porque os planos dEle são muito melhores que os meus. E realmente são, porque essa foi uma das melhores experiências da minha vida.
Pensei que já que eu não iria usar meu inglês, vou tentar usar meu francês e mandei emails para três bases no interior da França, mas todas elas responderam que não teriam atividades naquele período que eu estaria lá. Mas, não desisti. Mandei um email para a JOCUM explicando toda a situação. Eles me responderam com uma lista de outras bases que eu poderia ir, e para minha surpresa, eram todas aqui na América Latina, incluindo até algumas aqui no Brasil, como Recife e Fortaleza. Olhei o site de cada uma delas de uma por uma, e quando vi a base de Iquitos, no Peru, eu soube na hora que era aquela. Foi instantâneo; me identifiquei com o lugar, com as pessoas que vi nas fotos, com os trabalhos desenvolvidos pela base, pelo povo nativo, tudo. O único impasse para mim era o idioma. Não sabia praticamente nada de espanhol. Mas, mesmo assim respondi o email dizendo que iria para lá, pois eu cria que se Deus tinha feito tudo isso na minha vida para desmontar os meus planos e me mostrar que meus planos não são os dEle, era porque os planos dEle são muito melhores que os meus. E realmente são, porque essa foi uma das melhores experiências da minha vida.
A
primeira coisa que mudou em mim durante essa viagem foi o meu tempo com Deus, o
tempo que eu gasto com Ele. Como eu já disse, estou no mestrado, e isso toma
muito do meu tempo (e de qualquer outra pessoa que queira fazer com seriedade);
também estudo françês, faço exercícios físicos, e tenho que fazer algumas
tarefas domésticas. Meu tempo de devocional era sempre apertado e limitado
devido à minha “falta de tempo”. E lá na base de Iquitos, eu tinha todos os
dias duas horas de devocional individual, coisa que eu nunca tive aqui em casa. Isso pra mim foi
ótimo! Claro que eu sabia que a “falta de tempo” é, na verdade, falta de
organização do tempo, uma questão de prioridade, mas eu nunca tinha vivido
isso. Não de forma tão verdadeira. Aumentando o tempo da minha hora silenciosa
de alguns minutos para duas horas, eu passei a meditar mais, a refletir mais na
Palavra, a aprender mais e a aplicar mais. E isso é algo que eu quero continuar
a fazer sempre.

Ver
e ouvir isso tudo me tocou muito, porque apesar de todas essas coisas ruins
acontecerem, elas louvam a Deus com sinceridade e alegria. Foi aí que percebi
que se Deus guarda e sustenta aquelas crianças e jovens, capacita e envia
pessoas dispostas para levar Seu amor, perdão, graça e salvação a um povo que
pratica bruxarias, que não quer dar ouvidos à Sua voz ou se quer O conhece, é
porque Ele realmente ama esse povo. Porque Ele quer que não só o povo peruano
seja salvo, mas também todos os povos sejam salvos e se arrependam dos seus
maus caminhos, como Ele mesmo diz isso em 2 Pedro 3.9: “Não retarda o Senhor a
sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo
para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao
arrependimento.”
Foi
muito bom experimentar o cuidado e provisão de Deus nessa viagem, pois eu sei
que foi Ele que não permitiu que eu adoecesse, foi Ele quem me capacitou a
compartilhar Seu amor em uma língua que eu não tinha domínio sobre, me susteve
todo esse tempo lá, me permitiu fazer muitas novas amizades e ter essa
experiência maravilhosa como foi. Tudo o que eu vivi em Iquitos, só me dá mais
certeza sobre os planos de Deus para nossas vidas. Que Ele só tem e quer o
melhor para nós. Ele nos aceita como somos, mas não nos deixa como estamos. Ele
nos transforma, nos permite crescer no Seu espírito, graça e conhecimento, e
coloca em nós o desejo de compartilhar isso com outras pessoas que ainda não O
conhecem, independentemente de ter o chamado ou não. Cabe a nós somente querer
estar em Sua vontade.
Espero que vocês tenham uma experiência assim também.
É muito bom poder dividir o amor de Deus e compartilhar coisas que Ele faz nas
nossas vidas. Não precisa ir muito longe não. Aqui onde estamos ainda há muitas
pessoas que não o conhecem. Basta você ter o desejo de ir e a capacitação que
vem de Deus. O resto Ele faz, porque a obra é dEle!
Talyta Rolim
Jovem da PIB de Natal