quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

TESTEMUNHO DA TALYTA ROLIM SOBRE SUA VIAGEM MISSIONÁRIA


Oi gente, estou aqui para contar um pouco de como foi minha experiência servindo em missões na cidade de Iquitos, Peru, através da JOCUM (Jovens Com Uma Missão). Aconteceram tantas coisas boas que é difícil saber por onde começar, mas não se preocupem porque eu não vou dar todos os detalhes ou mesmo falar tudo, senão vocês não iriam terminar de ler nunca (hehe).
Para começar, Deus é fiel e sempre responde as orações. A prova disso foi o fato de eu ter tido oportunidade de fazer essa viagem missionária. Eu sempre quis muito viajar e sempre orava a Deus pedindo que Ele me desse oportunidade de fazer isso. E desde janeiro de 2011 Ele tem respondido essas orações e me dado sempre muito mais do que eu peço e mereço.
Muitos de vocês não sabem, mas quando eu preenchi o formulário para enviar para JOCUM, a minha intenção não era de ir para o Peru ou mesmo para América do Sul. Eu queria muito fazer uma viagem missionária e servir em missões usando outro idioma, e espanhol eu não sabia falar, por isso eu nem cogitei a opção de ir a algum lugar que tivesse espanhol como língua oficial. Então, fui testar meu inglês e enviei o formulário para ir a Austrália em setembro de 2010, com a intenção de estar lá em janeiro de 2011 e ficar 3 meses. Estava tudo certo para eu ir; eles disseram que teriam disponibilidade de me receber lá, que teria muito trabalho para eu fazer, e eu fiquei muito animada. Mas, essa não era a hora certa de Deus para mim. Eu iria viajar para missões sim, mas não naquele momento.
Ao invés de ir a Austrália em janeiro de 2011, Deus me presenteou com a minha primeira viagem internacional. Quando voltei, participei de uma seleção para entrar no mestrado, e acabei sendo selecionada, graças a Ele! Então, me comuniquei com a base da Austrália dizendo que só poderia ir em janeiro do próximo ano, em 2012, e não poderia ficar mais de um mês lá, devido ao mestrado. Continuei orando e pedindo confirmação de Deus sobre essa cruzada missionária e em setembro de 2012 quando fui comprar as passagens para o país dos cangurus, tomei um susto porque elas estavam R$ 12.000,00 a ida e volta, e naquele momento eu tive certeza de que Austrália não era o lugar que Deus queria que eu fosse. Não só por causa do preço das passagens, ainda tinha a questão do visto para conseguir, mas eu sabia no fundo; coisa que vem de Deus mesmo, que eu sabia reconhecer. Por alguns dias eu tive dúvidas e medo de que talvez, essa viagem não estivesse nos planos de Deus pra mim, que eu entendi tudo errado. Então continuei pedindo a Deus que me dissesse sim ou não, que me mostrasse alguma direção.
Pensei que já que eu não iria usar meu inglês, vou tentar usar meu francês e mandei emails para três bases no interior da França, mas todas elas responderam que não teriam atividades naquele período que eu estaria lá. Mas, não desisti. Mandei um email para a JOCUM explicando toda a situação. Eles me responderam com uma lista de outras bases que eu poderia ir, e para minha surpresa, eram todas aqui na América Latina, incluindo até algumas aqui no Brasil, como Recife e Fortaleza. Olhei o site de cada uma delas de uma por uma, e quando vi a base de Iquitos, no Peru, eu soube na hora que era aquela. Foi instantâneo; me identifiquei com o lugar, com as pessoas que vi nas fotos, com os trabalhos desenvolvidos pela base, pelo povo nativo, tudo. O único impasse para mim era o idioma. Não sabia praticamente nada de espanhol. Mas, mesmo assim respondi o email dizendo que iria para lá, pois eu cria que se Deus tinha feito tudo isso na minha vida para desmontar os meus planos e me mostrar que meus planos não são os dEle, era porque os planos dEle são muito melhores que os meus. E realmente são, porque essa foi uma das melhores experiências da minha vida.
A primeira coisa que mudou em mim durante essa viagem foi o meu tempo com Deus, o tempo que eu gasto com Ele. Como eu já disse, estou no mestrado, e isso toma muito do meu tempo (e de qualquer outra pessoa que queira fazer com seriedade); também estudo françês, faço exercícios físicos, e tenho que fazer algumas tarefas domésticas. Meu tempo de devocional era sempre apertado e limitado devido à minha “falta de tempo”. E lá na base de Iquitos, eu tinha todos os dias duas horas de devocional individual, coisa que eu nunca tive aqui em casa. Isso pra mim foi ótimo! Claro que eu sabia que a “falta de tempo” é, na verdade, falta de organização do tempo, uma questão de prioridade, mas eu nunca tinha vivido isso. Não de forma tão verdadeira. Aumentando o tempo da minha hora silenciosa de alguns minutos para duas horas, eu passei a meditar mais, a refletir mais na Palavra, a aprender mais e a aplicar mais. E isso é algo que eu quero continuar a fazer sempre.
Durante o meu tempo lá em Iquitos, eu trabalhei ajudando uma equipe dos EUA, e o foco deles era em alcançar crianças, adolescentes e jovens para Cristo. E pude perceber o quanto Deus nos ama e o quanto Ele quer nos salvar. Em meio a um povo tão pobre, supersticioso, que vive em meio à bruxaria, feitiçaria e vudu, e carente não só financeiramente, mas principalmente espiritualmente, eu vi o amor dEle para com aquele povo através das crianças e jovens. Durante os grupos de oração que fazíamos com elas, algumas se abriam e nos contavam que já viram o Diabo e espíritos do mal não só em sonhos, mas, de verdade. E que muitas vezes eles falavam coisas ruins a elas, coisas como se matar ou que seus pais não as amavam. Mas, que elas não tinham medo porque sabiam que Deus estava sempre com elas, guardando, cuidando e protegendo-as. Muitas dessas crianças são também abusadas sexualmente por seus pais, e por isso algumas moram com avós ou tios, e elas contam isso sem rancor ou raiva.
Ver e ouvir isso tudo me tocou muito, porque apesar de todas essas coisas ruins acontecerem, elas louvam a Deus com sinceridade e alegria. Foi aí que percebi que se Deus guarda e sustenta aquelas crianças e jovens, capacita e envia pessoas dispostas para levar Seu amor, perdão, graça e salvação a um povo que pratica bruxarias, que não quer dar ouvidos à Sua voz ou se quer O conhece, é porque Ele realmente ama esse povo. Porque Ele quer que não só o povo peruano seja salvo, mas também todos os povos sejam salvos e se arrependam dos seus maus caminhos, como Ele mesmo diz isso em 2 Pedro 3.9: “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento.”
Foi muito bom experimentar o cuidado e provisão de Deus nessa viagem, pois eu sei que foi Ele que não permitiu que eu adoecesse, foi Ele quem me capacitou a compartilhar Seu amor em uma língua que eu não tinha domínio sobre, me susteve todo esse tempo lá, me permitiu fazer muitas novas amizades e ter essa experiência maravilhosa como foi. Tudo o que eu vivi em Iquitos, só me dá mais certeza sobre os planos de Deus para nossas vidas. Que Ele só tem e quer o melhor para nós. Ele nos aceita como somos, mas não nos deixa como estamos. Ele nos transforma, nos permite crescer no Seu espírito, graça e conhecimento, e coloca em nós o desejo de compartilhar isso com outras pessoas que ainda não O conhecem, independentemente de ter o chamado ou não. Cabe a nós somente querer estar em Sua vontade.
Espero que vocês tenham uma experiência assim também. É muito bom poder dividir o amor de Deus e compartilhar coisas que Ele faz nas nossas vidas. Não precisa ir muito longe não. Aqui onde estamos ainda há muitas pessoas que não o conhecem. Basta você ter o desejo de ir e a capacitação que vem de Deus. O resto Ele faz, porque a obra é dEle!

Talyta Rolim
Jovem da PIB de Natal

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

O DOM DA EXORTAÇÃO


            Exortar, segundo o dicionário Aurélio, significa animar, estimular, aconselhar, persuadir, advertir. À luz da Bíblia, exortar é um dom, encontrado em Romanos 12:6-8 e é mandamento de Deus que exortemos nossos irmãos, como em Tiago 5:19-20, 1 Tessalonicenses 5:14 e Gálatas 6:1. Este diz: “Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão; olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado”.
         Como visto em Gálatas 6:1, a exortação deve ser com espírito de mansidão. Além disso, admoestações devem ser medidas, já que “na multidão de palavras não falta pecado, mas o que modera os seus lábios é sábio” (Provérbios 10:19) e bondosas, uma vez que “há alguns que falam como que espada penetrante, mas a língua dos sábios é saúde” (Provérbios 12:18). Por isso, devemos escolher as nossas palavras de forma que sejam bem recebidas e incapazes de ferir, magoar ou incitar ira.
Ainda, a exortação tem de ser feita com amor, como instruído em “todas as vossas coisas sejam feitas com amor” (1 Coríntios 16:14) e com discernimento, conforme nos é ordenado que “a vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um” (Colossenses 4:6).
Dessa forma, sejamos mansos, breves (porém eficazes), discretos, amorosos, sábios e bem intencionados para que a exortação alcance seu objetivo: o de produzir mudança de pensamento e atitudes. Desejo, por fim, que este texto sirva, especialmente (mas não exclusivamente) no agir com crianças, adolescentes e jovens, afinal, a cognição e o aprendizado são melhores nas etapas iniciais da vida.


Por Pablo Costa
Jovem da PIB Natal